Arteterapia como acolhimento, vínculo e transformação social na Prainha de Santo Antônio.

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Entre abril e maio de 2025, o projeto AmarÉ ocupou um dos cartões-postais mais belos e subutilizados de Vitória: a Prainha de Santo Antônio. Por meio de vivências arteterapêuticas ao ar livre, transformamos esse território, historicamente impactado pelo tráfico de drogas e pela exclusão, em um espaço de cuidado, escuta e fortalecimento emocional.

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Durante dois meses, realizamos seis encontros semanais com sessões de arteterapia destinadas a moradoras e moradores da região, com foco em pessoas em situação de vulnerabilidade social. O projeto contou com coordenação e execução de profissionais arteterapeutas filiadas à AARTES – Associação de Arteterapia do Espírito Santo – além do envolvimento de uma equipe multidisciplinar composta por assistente social, comunicadora e artistas educadores.

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Resultados alcançados:

• Mais de 240 participações ao longo do projeto

• 84% do público era composto por mulheres

• 66% das pessoas participantes se autodeclararam negras ou pardas

• 32% tinham acima de 50 anos e 21% tinham entre 13 e 21 anos

• 28% se identificaram com alguma deficiência (motora, auditiva ou intelectual)

• 92% relataram sensação de acolhimento e segurança emocional durante os encontros

• 87% relataram melhora significativa no estado emocional e na autoestima

• 95% desejam a continuidade do projeto no território

• Mais de 600 pessoas alcançadas em ações de sensibilização porta a porta e em visitas institucionais

• Mais de 30 lideranças comunitárias envolvidas diretamente nas mobilizações e articulações locais

• 20 instituições e equipamentos parceiros mobilizados, entre unidades de saúde, assistência, educação, segurança e organizações da sociedade civil.

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O AmarÉ é uma expansão das Caravanas de Arteterapia, que desde 2023 percorrem o Espírito Santo levando saúde mental, criatividade e pertencimento a comunidades invisibilizadas. A proposta não se restringe ao combate à violência, mas atua preventivamente ao oferecer recursos internos de fortalecimento e reconstrução subjetiva por meio da expressão simbólica.

A Prainha se tornou, durante o projeto, um lugar de reencontro com o cuidado, onde mulheres, adolescentes, pescadoras, pessoas idosas e pessoas com deficiência puderam construir vínculos, fortalecer sua autoestima e resignificar seus territórios internos.

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